História: Ponte Rio-Niterói


A Ponte Presidente Costa e Silva, popularmente conhecida como “Ponte Rio-Niterói”, localiza-se na baía de Guanabara, estado do Rio de Janeiro, e liga o município do Rio de Janeiro ao município de Niterói.

O seu projeto remonta a 1875, visando à ligação entre os dois centros urbanos vizinhos, separados pela baía de Guanabara ou por uma viagem terrestre de mais de 100 km, que passava pelo município de Magé. À época havia sido concebida a construção de uma ponte e posteriormente, de um túnel.

Entretanto, somente no século XX, em 1963, foi criado um grupo de trabalho para estudar um projeto para a construção de uma rodoviária. Em 29 de dezembro de 1965, uma comissão executiva foi formada para cuidar do projeto definitivo de construção de uma ponte. O Presidente Costa e Silva assinou decreto em 23 de agosto de 1968, autorizando o projeto de construção da ponte, idealizado por Mário Andreazza, então ministro dos Transportes, sob a gestão de quem a ponte foi iniciada e concluída.

A obra teve início, simbolicamente, em 9 e novembro de 1968, com a presença da Rainha da Grã-Bretanha, Elizabethe II e sua Alteza Real, o Príncipe Filipe, Duque de Edimburgo, ao lado do ministro Mário Andreazza. As obras tiveram início em janeiro de1969.

O preço final da obra foi avaliado em Ncr$ 289.683.970,00, com financiamento de bancos britânicos de US$ 22 milhões de dólares. Não foi permitida a participação única de empresas inglesas no processo de licitação da fabricação dos vãos principais de aço, e foi assinada em Londres, um documento que assegurava o fornecimento de estrutura de aço, com comprimento de 848 m, incluindo os vãos de 200+ 300 + 200 m e dois trechos adicionais de 74 m, e por atraso nas obras o contrato de licitação foi rescindido e a construção passou a ser feita por um novo consórcio das construtoras Camargo Correa, Mendes Junior e Construtora Rabello, sendo concluído três anos depois.

A ligação rodoviária foi entregueem 4 de março de 1974, com a presença do Presidente Emílio Garrastazu Médice, com extensãototal de 13.29 km, dos quais 8.83 km são sobre água, e 72 m de altura em seu ponto mais alto, e com previsão de um volume diário de 4.868 caminhões, 1.795 ônibus e 9.202 automóveis, totalizando 15.868 veículos. Atualmente é considerada a maior ponteem concreto protendidodo hemisfério sul e atualmente é a sexta maior ponte do mundo.

Na época de sua construção a sua travessia era gratuita, não existindo a cobrança de pedágio, implantado anos depois. Ao ser inaugurada, o pedágio da ponte custava Cr$ 2, 00 para motocicletas Cr$10,00 para carro de passeio, Cr$ 20,00 para caminhões. Com três eixos Cr$ 40,00 e seis eixos Cr$ 70,00.

PROJETO

O projeto da ponte Rio-Niterói foi preparado por um consórcio de duas empresas.A firma Noronha Engenharia, sediada no Rio de Janeiro preparou o projeto dos acessos no Rio de Janeiro e em Niterói, assim como a ponte de concreto sobre o mar. A firma Howard Needles dosEUA projetou o trecho dos vãos principais em estrutura de aço, incluindo as fundações e os pilares. Os engenheiros responsáveis pelo projeto da ponte de concreto foram Antônio Alves de Noronha Filho e Benjamin Ernani Diaz e o engenheiro responsável pela ponte de aço foi o americano James Graham.

CONSTRUÇÃO

O Canteiro principal da Ponte se localizava na ilha do fundão, pertencente à Universidade Federal do Rio de Janeiro. Havia também canteiros secundários em Niterói. As firmas executorasda superestrutura em aço foram Dorman & Long e Montreal Engenharia.

A estrutura foi toda fabricadana Inglaterra em módulos,que chegaram ao Brasil por transporte marítimo. A fabricação final da ponte de aço,com elementos pré-moldados da Inglaterra, foi feita na Ilha do Caju, na Baía da Guanabara. A montagem das vigas de aço também foi feita pelas mesmas firmas fabricantes da estrutura.

Durante o tempo da construção só houve 9 (nove) mortes, incluindo um engenheiro, óbitos, curiosamente, não por causa da construção e sim por causa da borrasca (ventos fortes que aliado ao temporal que deixou o mar revolto, ondas muito forte). A altura da Ponte é de 72 metros, altura limitada pela Marinha e Aeronáutica.

ATUALIDADES

A importância da Rio-Niterói na Região Metropolitana do Rio de Janeiro tomou tais proporções, que é comum que seus habitantes se refiram à obra como “a Ponte” tal é a importância da via. Segundo a concessionária “Ponte S/A, em fluxos normais, o movimento médio atinge 150.000 mil veículos/dia. O trafego da Rio-Niterói tem um acréscimo considerável em vésperas e final de feriados prolongados.

Em 2009 foi realizada obra na qual a Ponte passou de 3 para 4 faixas de rolamento em cada sentido, que é apenas um paliativo, havendo congestionamentos em grande parte do dia. O valor do pedágio da Ponte foi atualizado para 4,90 para automóveis, caminhões e furgões.

ALTERNATIVAS

O Estado analisa outras opções viárias de ligação entre Rio e Niterói. A principal opção parece ser a construção da Linha 3 do Metrô Rio. Outra opção metroviária é a continuação da Linha 2 do Metrô Rio atravessando a Baía da Guanabara em baixo d’água até Niterói.

CURIOSIDADES

11 – Subestações de energia

42 – Transformadores

98 – Pontos de iluminação pública

400 – Pontos de sinalização náutica/aérea

60 Painéis de propaganda, 4 geradores.

138 semáforos / DAV

Enfim Rodovia Inteligente, Estações Meteorológicas.

Por Geraldo Vital
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